FACES E DISFARCES DA ACADEMIA: REGISTROS FOTOGRÁFICOS DE PARTICIPANTES DE EVENTOS CIENTÍFICOS.

O presente artigo é um recorte da pesquisa “Faces e disfarces da academia: registros fotográficos de participantes de eventos científicos”, desenvolvida no âmbito da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, realizada na Universidade Federal do Maranhão entre os dias 22 e 27 de Julho de 2012. Esta pesquisa foi apresentada na modalidade pôster no Seminário de Educação 2012 “Das crianças nas instituições e das crianças (in) visíveis: entre a sujeição e as possibilidades criativas” realizado no período de 04 a 07 de novembro em Cuiabá na Universidade Federal de Mato Grosso.

Teve como foco o debate acerca da importância da utilização da arte fotográfica como estratégia educacional, especialmente como apoio didático e como uma forma de expressão da individualidade e dos mais diversos grupos de pertencimento.

Na realização da pesquisa, perguntou-se: quem são essas pessoas? Teriam elas um perfil característico? Para desvendar tais questões, definiu-se como principal instrumento de coleta de dados a utilização de câmeras digitais para o registro fotográfico. Após a obtenção dos registros foi realizada uma triagem preliminar das imagens em que se considerou a sua singularidade, a proporcionalidade por gênero, idades e ambientes bem como alguns requisitos técnicos (enquadramento, iluminação, foco, etc.). Procurou-se garantir que os tipos humanos selecionados pudessem suscitar o debate acerca dos perfis imaginados ou atribuídos a esse segmento social e acadêmico denominado cientista, quer no âmbito universitário, quer na sociedade em geral.

A pesquisa realizada no âmbito da SBPC revestiu-se de diferentes significados para os pesquisadores e para os participantes. Numa época em que as estratégias educacionais, especialmente as tradicionais, enfrentam dificuldades para serem assimiladas no âmbito das escolas, parece-nos que os recursos fotográficos e as mídias em geral podem representar uma importante contribuição para despertar o interesse de educadores e educandos. Pode-se perceber pelas imagens obtidas ao longo da pesquisa que os “modelos” consolidados no imaginário popular e acadêmico podem não corresponder à realidade efetiva expressa pela imagem do cientista em sua idade, gênero, modo de ser e de vestir, forma de se expressa, etc. Percebeu-se que os recursos midiáticos - tais como a fotografia -, podem ser utilizados em diversos contextos e com os mais diversos propósitos no campo da comunicação e da formação como uma excelente ferramenta para o ensino e a aprendizagem, desde a tenra idade até os estudos superiores.

Participante plugada no mundo